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Câncer de Rim

O câncer de rim pode se manifestar como tumor de parênquima ou de sistema excretor.
Tumores do parênquima renal
O que é?

Os tumores do parênquima renal correspondem a 2-3 % de todas as neoplasias malignas e têm uma incidência de 30 mil casos novos/ano e 12 mil mortes/ano nos Estados Unidos. No Brasil estima-se uma incidência de 7-10 casos/100 mil habitantes/ano. São duas vezes mais frequentes nos homens que nas mulheres e ocorrem principalmente dos 50 aos 70 anos de idade. Existem vários tipos histológicos de tumores malignos no rim: carcinoma de células claras (70-90%), papilíferos (10-15%), cromófobos (4-5 %), ductos coletores (1%) e sarcomatoides (1%). A diferenciação histológica (Grau histológico de Fuhrman) é importante e são classificados em 4 graus e quanto maior o grau, mais agressivo é o tumor.

Diagnóstico

O ultrassom abdominal contribui para o diagnóstico de grande número de tumores incidentais, isto é, tumores assintomáticos, iniciais e localizados. Quando o tumor provoca sintomas, os principais são a dor lombar, hematúria (sangue na urina) micro ou macroscópica e massa palpável, além de outros sintomas inespecíficos como emagrecimento, febre e hipertensão. Os métodos de diagnóstico e estadiamento principais, além do ultrassom, são a tomografia computadorizada, a ressonância nuclear magnética e raramente, a arteriografia renal. A cintilografia óssea está indicada nos casos de tumor avançado com dor óssea e elevação de fosfatase alcalina. Outros exames laboratoriais podem estar alterados e o paciente apresentar anemia, eritrocitose, elevação do VHS, trombocitose, desidrogenase sérica elevada e hipercalcemia.

A prevenção à doença se dá com administração de exercícios para o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. Os exercícios consistem em contrair os músculos do assoalho pélvico por 10 segundos e depois relaxá-los por 10 segundos. Estes exercícios devem ser repetidos 10 vezes, em três sessões diárias. O fortalecimento destes músculos é importante para o controle da micção.

Tratamentos

É indicada a nefrectomia (cirurgia para a remoção do tumor), que pode ser parcial ou radical. Em tumores localizados pode-se realizar a parcial com segurança, principalmente em tumores < 4 cm. A nefrectomia radical consiste na retirada total do rim, da gordura e da fáscia perirenal (Fáscia de Gerota). A linfadenectomia regional pode ou não ser realizada e é controversa, mas pode ser importante para o estadiamento e o prognóstico. A cirurgia é realizada por via aberta ou laparoscópica, dependendo do estadiamento tumoral e da experiência do cirurgião. A quimioterapia, a radioterapia e a imunoterapia não são indicados em tumores avançados pela baixa resposta e toxicidade. Novos tratamentos estão sendo utilizados, como por exemplo os medicamentos antiangiogênicos, com boa perspectiva de resposta. A sobrevida vai depender do estadiamento tumoral, do grau tumoral e em 5 anos é de 60-85% em tumores restritos ao rim e de 0-15% em tumores com metástases hematogênicas. Tumores do sistema excretor

Os tumores do sistema excretor, isto é, dos cálices, da pelve renal e ureteres são do mesmo tipo histológico do câncer de bexiga e são relacionados muitas vezes ao tabagismo. Sintomas O principal é a hematúria micro ou macroscópica (sangue na urina).
Diagnóstico

É feito por ultra-som, urografia excretora, tomografia e ressonância magnética, além da citologia urinária.
Tratamentos

Consiste, na maioria das vezes, em nefroureterectomia com retirada de cunha da bexiga, no local da entrada do ureter na bexiga. Em casos selecionados (em rim único e casos iniciais, por exemplo) pode ser realizada a ressecção endoscópica com cauterização das lesões. A quimioterapia pode ser usada nos casos avançados, mas com baixa resposta.

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