O tratamento para cálculo renal depende do tamanho, da localização, da composição e dos sintomas das pedras.
Cálculo renal, também conhecido como pedra nos rins, é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se da formação de cristais duros na urina, que podem se acumular nos rins ou em outras partes do trato urinário, causando dor, sangramento, infecção e obstrução.
Neste artigo, vamos explorar as principais opções de tratamento disponíveis para os pacientes com cálculo renal, desde as abordagens conservadoras até as cirurgias mais invasivas.
Abordagens Conservadoras: Quando o Tratamento não Invasivo é uma Opção
Muitas vezes, o tratamento para cálculo renal não requer intervenção médica. Pedras pequenas, de até 5 mm de diâmetro, podem ser eliminadas espontaneamente pela urina, sem causar complicações.
Nesses casos, o paciente pode optar por uma abordagem conservadora, que consiste em beber bastante água, tomar analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor e o desconforto, e evitar alimentos que possam favorecer a formação de novas pedras.
Alguns exemplos de alimentos que devem ser evitados são os ricos em cálcio, oxalato, sódio e proteína animal. A abordagem conservadora pode levar de algumas semanas a alguns meses para eliminar as pedras.
Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LEOC): Quebrando Cálculos de Forma Não Invasiva
Quando as pedras são maiores do que 5 mm ou causam sintomas graves, como cólica renal, infecção ou obstrução do fluxo urinário, pode ser necessário um tratamento mais eficaz para fragmentá-las e facilitar a sua eliminação.
Uma das opções mais comuns é a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LEOC), que consiste em aplicar ondas sonoras de alta energia sobre a região onde estão localizadas as pedras.
Essas ondas provocam microfraturas nos cristais, reduzindo o seu tamanho e permitindo que sejam expelidos pela urina. A LEOC é um procedimento não invasivo, que não requer anestesia ou cortes na pele. No entanto, pode causar alguns efeitos colaterais, como hematúria (sangue na urina), equimoses (manchas roxas na pele), dor lombar e infecção urinária.
Cirurgia a Laser: Precisão no Tratamento de Cálculo Renal
Outra opção de tratamento para cálculo renal é a cirurgia a laser, que utiliza um feixe de luz intensa para vaporizar as pedras dentro do trato urinário. A cirurgia a laser é realizada por meio de um instrumento chamado ureteroscópio, que é introduzido pela uretra até chegar ao local onde estão as pedras.
O ureteroscópio possui uma câmera na ponta, que permite ao médico visualizar as pedras e direcionar o laser com precisão. A cirurgia a laser é minimamente invasiva, pois não requer incisões na pele ou nos órgãos internos.
Além disso, tem uma alta taxa de sucesso na fragmentação e remoção das pedras. Os possíveis riscos da cirurgia a laser incluem sangramento, infecção, lesão do ureter e estenose (estreitamento) do ureter.

Ureteroscopia: Acesso Direto aos Cálculos no Trato Urinário
Ureteroscopia é um procedimento que permite ao médico acessar diretamente os cálculos no trato urinário por meio de um ureteroscópio. O ureteroscópio é um tubo fino e flexível, que é inserido pela uretra e avança pelo ureter até chegar ao rim.
O ureteroscópio possui uma câmera e uma pinça na ponta, que permitem ao médico visualizar, capturar e remover as pedras. A ureteroscopia pode ser combinada com outras técnicas, como a LEOC ou a cirurgia a laser, para fragmentar as pedras antes de retirá-las.
A ureteroscopia é indicada para pedras que não podem ser eliminadas pela urina ou tratadas com LEOC, como as pedras maiores, mais duras ou mais irregulares. A ureteroscopia é minimamente invasiva, mas pode causar dor, sangramento, infecção e lesão do ureter.
Cirurgia Aberta: Uma Opção Rara para Cálculos Renal Complexo
A cirurgia aberta é a opção mais invasiva e menos utilizada para o tratamento de cálculo renal. Ela consiste em fazer um corte na pele e nos músculos para acessar o rim e remover as pedras manualmente.
A cirurgia aberta é reservada para casos muito raros e complexos, como pedras muito grandes, que ocupam todo o rim, ou pedras associadas a anomalias anatômicas ou infecções graves.
A cirurgia aberta requer anestesia geral e internação hospitalar. Os riscos da cirurgia aberta incluem sangramento, infecção, lesão do rim e outras complicações pós-operatórias.
Considerações Finais: Tratamento para Cálculo Renal
O tratamento para cálculo renal depende de vários fatores, como o tamanho, a localização, a composição e os sintomas das pedras. Existem diversas opções de tratamento disponíveis, desde as abordagens conservadoras até as cirurgias mais invasivas.
O médico responsável deve avaliar cada caso e indicar o tratamento mais adequado para cada paciente. O objetivo do tratamento é eliminar as pedras existentes e prevenir a formação de novas pedras.
Para isso, é importante seguir as orientações médicas, beber bastante água, ter uma alimentação saudável e equilibrada, e fazer exames periódicos de urina e imagem.
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