De acordo com a gravidade e extensão do câncer, um procedimento cirúrgico chamado cistectomia pode ser necessário para remover toda ou parte da bexiga. Bem como, outras estruturas aos arredores, como o útero, ovários e parte da vagina em mulheres e a próstata e glândulas seminais em homens.
Essa é uma das maiores cirurgias da área de urologia e pode gerar uma série de dúvidas a seu respeito! Continue com a leitura deste conteúdo para entender mais sobre o assunto!
O que é cistectomia?
Uma das neoplasias do trato urinário mais frequentes é o tumor na bexiga, que acomete em sua maioria homens. Felizmente, na maioria dos casos em estágio inicial, é possível remover o tumor por via endoscópica por meio da uretra (ressecção transuretral endoscópica).
Em estágios mais avançados, uma cirurgia para remover completamente a bexiga pode ser ideal. A cistectomia é um procedimento cirúrgico em que se retira apenas a bexiga ou a bexiga e outras estruturas.
Quando retira a bexiga junto com a próstata, ela é referida como cistoprostatectomia radical neste caso em particular.
Como é feita a cistectomia?
Geralmente, a cistectomia é feita sob anestesia geral através de uma ou mais pequenas incisões feitas no abdômen. Este procedimento é a cistectomia laparoscópica porque se insere uma microcâmera em uma extremidade de um instrumento para permitir a visualização interna da pelve do paciente.
O médico aconselha interromper o uso de medicamentos que possam causar alguma interferência na coagulação do sangue e fazer o paciente jejuar por, no mínimo, oito horas antes da cirurgia.
Após a cirurgia, aconselha-se que o paciente fique de repouso por cerca de 30 dias sem fazer nenhum esforço físico. A cirurgia não é necessária no caso de cistectomia parcial para reconstruir a bexiga, porém, a bexiga pode não ser capaz de reter muita urina, isso faz com que a pessoa sinta urgência de ir ao banheiro mais vezes durante o dia.
No caso da cistectomia radical, a cirurgia é necessária para criar uma nova via de armazenamento e eliminação da urina, e reconstruir o canal vaginal, no caso das mulheres.
Após a cirurgia, é comum que sessões de quimioterapia ou radioterapia sejam opções para interromper o crescimento de novas células tumorais. E é comum notar sangue na urina, infecções relacionadas ao trato urinário e incontinência urinária.
Quando é indicada?
A forma de tratamento que os médicos mais indicam para o câncer de bexiga é a cistectomia, que é feita quando o câncer atingiu o estágio 2 (quando o tumor atingiu a camada muscular da bexiga) ou o estágio 3 (quando o tumor passou da camada muscular e atingiu a tecidos próximos).
Com isso, o médico pode escolher entre dois tipos de cistectomia, dependendo da extensão e gravidade do câncer de bexiga:
Cistectomia parcial
Na maioria dos casos, recomenda-se a cirurgia quando o câncer de bexiga se encontra no estágio 2, quando o tumor atinge o músculo da bexiga e está bem localizado. Logo, é possível que o médico retire só o tumor ou a porção da bexiga que contém o tumor, sem remover completamente a bexiga.
Cistectomia radical
Já as cistectomias radicais são ideais nos casos de câncer de bexiga que se encontra no terceiro estágio, quando o tumor acomete também os tecidos próximos. Nesse caso, o médico poderá aconselhar a retirada tanto da bexiga quanto da próstata e das glândulas seminais em homens.
Enquanto nas mulheres, pode ser que seja preciso remover os ovários, tubas uterina e o útero. Embora a maioria das mulheres que passam por esse tipo de cirurgia esteja na menopausa, muitas podem ter uma vida sexual ativa e esse fator é levado em consideração no momento da cirurgia para as mulheres.
Os homens que estão em idade reprodutiva devem estar atentos aos efeitos da cirurgia. Na cistectomia radical, as glândulas seminais e a próstata podem ser removidas, o que interfere na produção e armazenamento de espermatozóides.
Os efeitos colaterais de uma cistectomia
Confira logo abaixo alguns dos principais efeitos colaterais dessa cirurgia:
- Sangue na urina;
- Infecções do trato urinário;
- Incontinência Urinária;
- Bloqueio do Fluxo de Urina;
- Reações à Anestesia;
- Dor;
- Formação de Coágulos Sanguíneos.
Cuidados antes da cirurgia
Antes da cirurgia, é importante seguir uma série de cuidados, tais como:
- Fazer jejum de 8 horas no pré-operatório;
- Ingerir apenas líquidos claros (água, água de coco, isotônicos, etc.), até 5 horas antes da cirurgia;
- No dia da cirurgia, ter em mãos todos os exames, relatórios, avaliações, consentimento informado assinado, entre outros;
- Buscar o setor de internação do Hospital onde será operado 2 horas antes da cirurgia.
Cuidados após a cirurgia
Depois que a anestesia passa, é possível que o paciente tenha um desconforto na região do abdômen, que pode se espalhar para o pescoço e ombros. Com isso, os profissionais médicos aconselham o uso de analgésicos e anti-inflamatórios para anestesiar a dor
É crucial que o paciente mantenha o repouso inicial, uma vez que consiga caminhar, pode realizar outras atividades físicas sem se esforçar muito. Após uma ou duas semanas, será possível retornar ao trabalho e outras atividades diárias, como dirigir ou se exercitar.
Nos primeiros dias de recuperação, uma dieta leve deve ser seguida até que o paciente retome a alimentação normal. O ideal é evitar alimentos como frituras e embutidos.
Recomenda-se fazer caminhadas curtas, pois não é aconselhável que o paciente passe muito tempo deitado ou sentado. No entanto, dadas as circunstâncias que podem variar de paciente para paciente, siga o conselho do seu médico.
O paciente deve conversar com o médico a respeito de seus sentimentos e preocupações em relação às alterações físicas decorrentes da retirada da bexiga.
Pois, essas alterações podem ter um impacto psicológico e emocional significativo.
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