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Conceito de Cirurgia Minimamente Invasiva

A Cirurgia Minimamente Invasiva ou “cirurgia sem corte” tem como objetivo a máxima preservação da anatomia com a mínima agressão ao organismo, mas suficiente para resolver o órgão comprometido. Os vários benefícios são: cicatriz cirúrgica reduzida, menor dor pós-operatória, menor sangramento, menor taxa de complicações, recuperação mais rápida, alta hospitalar precoce, retorno mais rápido as atividades habituais e maior segurança e conforto ao paciente.

A utilização de equipamentos cirúrgicos modernos com telas articuladas com alta definição, microscópio, endoscópios e técnicas percutâneos (acesso aos órgãos através de míni orifícios na pele) possibilitam o avanço contínuo da cirurgia minimamente invasiva sendo hoje uma tendência mundial em todas as especialidades cirúrgicas.

A cirurgia minimamente invasiva e a robótica permitem os mesmos resultados oncológicos da técnica aberta (convencional) com otimização da mesma como referido anteriormente. As técnicas minimamente invasivas são úteis também no diagnóstico e estadiamento (extensão) da doença oncológica sendo empregadas de forma cada vez mais segura e rotineira em hospitais do Brasil e do exterior. É uma de minhas principais metas no Amazonas sedimentar o emprego dessas técnicas tanto no sistema público como no sistema privado garantido ao povo do Amazonas o que há de mais moderno em termos de cirurgia.

Alguns trabalhos demonstram resultados superiores quanto a preservação da potência sexual nas cirurgias prostáticas quando se utiliza a técnica robótica devido ao menor sangramento, imagem 3D, alta definição e aumento significativo das estruturas anatômicas. Esses dados são contestados por cirurgiões que realizam o procedimento pelo acesso convencional e laparoscópico afirmando que ainda não existem trabalhos de qualidade que demonstrem tal benefício. Para as cirurgias renais, as técnicas minimamente invasivas são de longe as mais indicadas tendo como fator limitante o tamanho tumoral onde as grandes massas tumorais são abordadas preferencialmente por cirurgia convencional.

Isso reforça o conceito de que em Medicina cada caso é único. Haverá situações em que os procedimentos tradicionais continuarão a ser os mais indicados. Mas, quando os dois caminhos forem possíveis, as cirurgias minimamente invasivas poderão trazer mais vantagens claras como destacado na literature médica mundial. O papel do médico é apresentar todos os benefícios e riscos de cada uma. E a decisão tem sempre de ser tomada levando em conta o melhor para o paciente.

Os avanços são impressionantes na área da Uro-oncologia, não só referente as cirurgias mas também a novas drogas, maior conhecimento da biologia da célula tumorais, novos métodos diagnósticos o que exige consequentemente, cada vez mais dedicação do profissional que atua nessa área. Portanto, quando for escolher o seu Médico, avalie cuidadosamente sua formação técnica, o número de cirurgias realizadas por ano e principalmente seus resultados. Isso sem deixar de lado a postura humana o que garante mais envolvimento e confiança por parte do paciente e seus familiares.

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