Todos sabem que a diabetes pode causar uma série de prejuízos na vida de uma pessoa, mas estudos recentes apontam que a doença também pode afetar a fertilidade masculina e levar à disfunção erétil.
Continue lendo este conteúdo para entender mais sobre como a diabetes pode afetar a fertilidade dos homens e quais são os tratamentos!
Como a diabetes afeta a fertilidade masculina?
Um aumento nos níveis de glicose no sangue é uma característica definidora da diabetes. Os portadores de diabetes tipo 1 e tipo 2 têm deficiências na produção de insulina e resistência às ações da insulina no corpo.
No entanto, embora sejam distintos um do outro, os dois tipos podem resultar em uma variedade de complicações, incluindo problemas de fertilidade, tanto em homens quanto em mulheres. Homens que têm diabetes são suscetíveis a alterações que comprometem sua capacidade de reprodução, o que pode afetar seu sistema reprodutivo.
A diabetes tem um efeito negativo na saúde dos espermatozóides, potencialmente levando a um início precoce do envelhecimento como resultado de um aumento do estresse oxidativo no ambiente dos espermatozóides.
Veja logo abaixo os impactos negativos da diabetes sobre a fertilidade masculina!
1. Redução do sêmen
Junto com uma redução significativa no número de sêmen, os espermatozóides masculinos com a condição também podem apresentar anomalias estruturais.
2. Ejaculação retrógrada
Diabetes tipo 2 pode resultar em disfunção ejaculatória. A ejaculação retrógrada ocorre quando, ao invés de sair pela uretra, a mesma é lançada para dentro do bexiga. Devido a isso, não há espermatozóides ejaculados para fertilizar o óvulo.
Na maioria dos casos, essa condição é irreversível, e a única maneira de conseguir a gravidez é por meio da fertilização in vitro.
3. Estreitamento das artérias
O pênis precisa ser preenchido com uma quantidade específica de sangue para que um homem possa ter uma ereção satisfatória. Durante a ereção, o sangue normalmente flui em direção ao pênis em pacientes saudáveis.
No entanto, este enchimento está comprometido em pacientes diabéticos, o que resulta na impotência sexual.
A diabetes provoca o estreitamento das artérias, deixando um espaço menor para o sangue circular. Como resultado, os vasos sanguíneos são incapazes de fornecer sangue suficiente ao pênis para ter uma ereção.
4. Diminuição da sensibilidade
Além disso, a alta concentração de glicose no sangue também afeta a sensibilidade da região genital, reduzindo o prazer e prejudicando o orgasmo.
5. Aumento do colesterol ruim
Como dito, a diabetes também contribui para o aumento do colesterol “ruim” (LDL) e outras gorduras no sangue, que podem entupir alguns vasos sanguíneos.
Um dos efeitos da diabetes é a aterosclerose, condição marcada pelo acúmulo de gordura nas paredes das artérias que também aumenta a probabilidade de o paciente apresentar impotência sexual.
Homens que sofrem de outras condições crônicas correm um risco ainda maior de ter uma piora no espectro da disfunção erétil. Obesidade, tabagismo, sedentarismo e hipertensão arterial são alguns fatores de risco que tendem a piorar essa situação.
Como tratar a impotência sexual provocada pela diabetes?
Se já sofre de disfunção erétil causada pela diabetes, saiba que há chances de reverter essa situação após receber os cuidados mais adequados para si. O primeiro passo é deixar o medo e procurar ajuda profissional para ter de volta sua autoestima, o bem-estar e a qualidade de vida.
Veja logo abaixo quais são os principais tratamentos para combater a impotência sexual causada pela diabetes:
Tratamento medicamentoso
A primeira linha de tratamento envolve o uso de medicamentos chamados vasodilatadores, que melhoram o fluxo sanguíneo e, como resultado, podem melhorar a capacidade do paciente de ter uma ereção.
Em certos casos, no entanto, são recomendados os inibidores da PDE-5, que atuam ainda mais diretamente para melhorar o fluxo sanguíneo para a genitália cavernosa e permitir a ereção durante a estimulação sexual.
Além disso, uma injeção peniana pode ser usada para administrar um medicamento durante todo o tratamento. Nesse método, a medicação é aplicada direto no pênis do paciente com uma agulha.
Vale lembrar que o uso de medicamentos só deve ser feito sob supervisão médica, pois o uso de estimulantes sexuais pode apresentar limitações e até riscos à saúde.
Ondas de choque
Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO) é um pequeno dispositivo que emite ondas de choque estáticas de baixa pressão capazes de provocar reações biológicas e gerar a neovascularização do tecido peniano. É considerado um tratamento inovador.
Com isso, o fluxo sanguíneo arterial é estabilizado, permitindo que o paciente recupere a função erétil. O LECO procura promover o tratamento permanente da impotência sexual e assegurar que as ereções aconteçam de forma espontânea e natural. Acredita-se que o procedimento seja indolor e pouco invasivo.
Prótese peniana inflável
A prótese peniana inflável é ideal para pacientes que não respondem a outras formas de terapia e consiste em um dispositivo implantado por meio de uma cirurgia dentro da área do canal de ereção. O implante peniano inflavel é composto por três componentes: cilindro, reservatório e bomba.
Ao querer ter uma ereção, o paciente ativa a bomba para inflar os cilindros, aumentando a pressão nos músculos cavernosos e dando rigidez ao pênis. Simplesmente acione a bomba mais uma vez para esvaziar os cilindros e retornar o pênis ao seu estado flácido.
Diminuição da produção de testosterona
Outra mudança na fertilidade masculina que a diabetes pode causar é a diminuição da produção de testosterona, que afeta a qualidade dos espermatozóides e pode resultar em disfunção erétil.
É ideal para quem tem a doença buscar atendimento médico de um especialista. Quando a diabetes está sob controle, os pacientes podem viver uma vida normal e ter filhos sem dificuldades.
Mas, vale lembrar que a diabetes influência em todos os aspectos de nossas vidas e, além da infertilidade, a pessoa pode desenvolver uma série de outras doenças que colocam em risco a sua saúde. Por essa razão é essencial prevenir e controlar a doença, por meio de um estilo de vida mais saudável e com ajuda de profissionais.
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